(In)Dignidade
Não vivi na época da ditadura e repressão, onde não se tinha a liberdade para poder pensar e dizer certas coisas. E, apesar de tudo, passava-se a idéia do “milagre brasileiro”, que éramos um país promissor, emergente. Que temos potencial e as coisas podem melhorar, não há dúvida alguma. Mas fica cada vez mais difícil, principalmente se nos atentarmos para o noticiário. Só tem desgraça e violência, seja moral, física ou social. Faço esse post aderindo ao Blog Coletivo, iniciado pela Poliane, do Rumorejo.
“Brasil: o país do futuro”. Essa foi uma mentira tão bem contada que todo brasileiro passou a acreditar que era verdade. Como disse acima, não que seja impossível de sermos, pois o Brasil tem potencial para se destacar em inúmeras áreas e tem tantos talentos que merecíamos mais consideração realmente. Porém, se o quisermos ser de fato, temos de ser primeiro um País digno de se viver, e de representá-lo em qualquer canto do mundo, no presente. Assim como a estória do menino e o lobo, corremos o risco de os brasileiros não mais acreditarem que existe um futuro para o País. Não pelo desânimo, mas pelo ceticismo, pela falta de verdade e integridade de quem incutiu esse ideal em nossa mente (e das autoridades que detêm o poder para fazer algo de verdade). Não pelo ócio e falta de vontade da população, mas pelo oportunismo vigente em cada ambiente, pelo pensamento “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Uma criança tem em seus pais e outras pessoas mais próximas a fonte de inspiração e referência para aprender e se desenvolver. Não se pode lhe dizer o que ser e fazer sem que ela veja e vivencie os exemplos em casa. Ela simplesmente vai crescer duvidando da veracidade do que lhe estão apresentado e não aprenderá valor algum, tornando-se candidata a atitudes errôneas e impensadas.
Da mesma forma, seu futuro profissional depende de muito preparo, se quiser ter êxito. Não nascemos arquitetos, nutricionistas, jornalistas, publicitários, professores etc e outras tantas profissões igualmente dignas. Tudo depende dos passos que damos. Antes de correr, aprende-se a andar. Sem essa premissa o tombo e o machucado são inevitáveis. E a recuperação demorada.
Não se constrói um País do futuro sem estruturá-lo para tal. E não há como fazer isso sem que tenha seriedade nos projetos, leis e ações. É preciso respeito. Com a população, com o País, com o futuro da nação e com as riquezas (materiais e intelectuais).
Fazendo eco às vozes dos blogueiros e tantos outros movimentos existentes, exijo RESPEITO e que ele seja plenamente aplicado no dia-a-dia. Não só por quem movimenta os bilhões do orçamento e pode ajudar a alavancar ou afundar o Brasil, mas também em atitudes básicas, como no “bom dia” sincero, no sair de casa para trabalhar, na condução lotada, no trânsito caótico, nas repartições públicas, no trato entre patrões e empregados, nas instâncias governamentais dos municípios, estados e federação. Somente com a aplicação dessa regrinha básica, mais uma boa dose de simpatia e educação, teremos uma base sólida de valores e amor, e poderemos nos orgulhar não somente do País em que moramos, mas das pessoas que nos cercam, do que pensamos e fazemos para evoluir, aprendendo a viver na coletividade e não apenas olhar para o próprio umbigo.
Parodiando uma frase que ouvi em algum lugar, um graveto pode ser quebrado facilmente, mas um feixe deles não. Nós, que nos julgamos tão humanos e racionais, poderíamos aprender a viver em comunidade com os tantos exemplos presentes na natureza, com os animais que chamamos de irracionais ou com os índios, os quais são ditos não civilizados.
Manoel,
ResponderExcluirEstou citando seu blog nas minhas indicações do 3º Blog Day, ok?
Abraços
Sam