Em meu peito-criança
Carrego a doce lembrança
Do riso que vai na distância
Da minha saudosa infância
Em meu peito-adolescente
Carrego ainda latente
Um coração sonhador
Que cria versos, canta amor
Em meu peito-adulto
Aquilo que não sepulto
A inocência de gostar
Da brisa morna do mar
Em meu peito-idoso
Carrego sempre orgulhoso
A infindável esperança
Pulsante de uma criança
Manoel Gonçalves