Páginas

domingo, 12 de abril de 2015

À deriva

Imagem sugerida por TaniaContreiras Arteterapeuta, retirada da web, sem crédito marcado, que deu origem a esse poema:

À deriva

Se o barco flutua no céu
Deixem que meus pensamentos
Sejam peixes ornamentais
Daqueles que encantam
E pairam em águas celestes
À espera de pescadores
De versos e sentimentos
Multifacetados e coloridos
Daqueles que hipnotizam
E fazem se perder
Em turbilhões atemporais
Confusão entre o quase e o agora
Entre presente, passado e futuro
Que minhas pulsações
Oxigenem os fluídos
E mantenham vivo o navegar
Que meu barco continue
Assim, vagando
Sem rumo, sem prumo
À deriva

Manogon


Moda Suicida

Imagem sugerida por TaniaContreiras Arteterapeuta, sem crédito marcado, que deu origem a esse poema:


Moda Suicida

Lobo já vestiu cordeiro
Diabo já usou Prada
Mas a Fúria solta na estrada
Zombeteia toda curvada
Em roxas galochas usadas
É vil a ave de rapina
Aproveita-se da inocência menina
Descansa de jeito servil
Nas mãos carrega gentil
A fatalidade do fuzil
Trans-figuração
Da lagarta que não voou
De tão borbo-lenta
Fugiu-lhe a esperança
Sobrou a imagem violenta
Para a pobre criança
Adeus sonhos de infância
Ódio, sobrevivência, vingança
Terror, morte, ganância
Embrulho no estômago
Riso nervoso e ânsia

A borboleta vai faceira no ar
Procurando outra vítima para pousar

Manogon