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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Carbonizadas


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Brilha uma Luz

Brilha uma luz!
Uns dizem que cruza o céu
Outros, que cruza o mar
E há quem a siga por aí
Aguardando pra onde ir

Brilha uma luz!
Para guiar quem está perdido
Iluminar caminhos e lares
Apaziguar corações sofridos
E brindar bons instantes vividos

Brilha uma luz!
Não é da árvore de Natal
Ou dos shoppings reluzentes
Nem ao menos da rua enfeitada
Das lojas e casas decoradas

Brilha uma luz!
A luz pra comemorar
A luz que faz rir e chorar
A luz que dá paz e harmonia
Une amigos, desconhecidos e famílias
E a todos seduz e conduz
Aqui, ali e em todos os corações
E para que nunca a esqueçamos
Mais uma vez brilha uma luz
Do nascimento do menino Jesus

Manogon


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Salve, Zé!

Aniversário do Zé Geraldo. Uma homenagem simples, mas de fã, de coração.



Salve, Zé!

Ao Zé Geraldo, em admiração
Agradeço pela poesia e canção
Não tenho sua criativa verve
Só a paixão, que muito me serve
Para prestar essa homenagem
A esse grande personagem
Que fala de coisas tão antigas
Em toadas e românticas cantigas
Por tantas e belas melodias
Faz-se presente em meus dias
Vou curtindo seus shows e trilhas
Ao lado da “nega” e das filhas
Essas aprenderam cedo a gostar
E ficam roucas de tanto cantar
A mais nova quer sempre pôr
A música que você fez pra Nô
A gente sente o que escreveu
No verso do “olharzinho seu”
Pra música boa não tem idade
Desde que seja feita com vontade
Seja como Zé ou José,
Ou com oito ou oitenta anos
Ao lado da meiga senhorita
Enrolando a bandeira pra dar no pé
Mesmo que não esteja nos planos
Um reles banquete de hipócritas
Entrar nos bares e beber os mares
Passear com Che em outros ares
Ouvir besteiras de um cidadão boçal
Cantar um blues em pleno Municipal
Ou ficar dando milho aos pombos
Feito um galho seco em meio a escombros
O importante é jogar o corpo na rua, ter Fé
Continuar se encantado como o Zé
E saber que mesmo no ponto setenta
O Zé Geraldo tá zerado e ainda arrebenta
Caro poeta cantador, feliz idade
Felicidade


Manogon

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Frases Frouxas

Das frases soltas
Que a vida sopra
Gosto mais das bobas
Ditas em total descaso
Em pleno estado de gozo
Frases curtas
Faceiras
Rameiras
Tão disponíveis
Despojadas
Desapropriadas
Frases impuras
Quase todas putas
Dadas ao desfrute
À libido da língua
À avidez das mãos
Carentes de atenção
De tratos e mimos
De sentido e caminho
Frases soltas
Letras frouxas
Orações inomináveis
Incontáveis destinos
Iniciados na brisa
No voo aleatório das palavras


Manogon

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Prazer

Ser em tu
A po
E sia
E só
Solo
Solene
Na tu
A pele
Nasce
Ente
Enterrar
A boca
Ar
dente
E mi
nha lín
gua
Dor
Mente
mente
mete
me
te
e quente
esquente
ar quente
ar queada
ar mado
amados
amandos
ar fandos
dados
fa dados
em dedos
em lábios
em laços
Lascivos
Só rindo
Sorri indo

Indo
Vindo
Rindo

Manogon

domingo, 12 de abril de 2015

À deriva

Imagem sugerida por TaniaContreiras Arteterapeuta, retirada da web, sem crédito marcado, que deu origem a esse poema:

À deriva

Se o barco flutua no céu
Deixem que meus pensamentos
Sejam peixes ornamentais
Daqueles que encantam
E pairam em águas celestes
À espera de pescadores
De versos e sentimentos
Multifacetados e coloridos
Daqueles que hipnotizam
E fazem se perder
Em turbilhões atemporais
Confusão entre o quase e o agora
Entre presente, passado e futuro
Que minhas pulsações
Oxigenem os fluídos
E mantenham vivo o navegar
Que meu barco continue
Assim, vagando
Sem rumo, sem prumo
À deriva

Manogon


Moda Suicida

Imagem sugerida por TaniaContreiras Arteterapeuta, sem crédito marcado, que deu origem a esse poema:


Moda Suicida

Lobo já vestiu cordeiro
Diabo já usou Prada
Mas a Fúria solta na estrada
Zombeteia toda curvada
Em roxas galochas usadas
É vil a ave de rapina
Aproveita-se da inocência menina
Descansa de jeito servil
Nas mãos carrega gentil
A fatalidade do fuzil
Trans-figuração
Da lagarta que não voou
De tão borbo-lenta
Fugiu-lhe a esperança
Sobrou a imagem violenta
Para a pobre criança
Adeus sonhos de infância
Ódio, sobrevivência, vingança
Terror, morte, ganância
Embrulho no estômago
Riso nervoso e ânsia

A borboleta vai faceira no ar
Procurando outra vítima para pousar

Manogon


terça-feira, 3 de março de 2015

Quase Rapidinha


Era pra ser rapidinha
Daquelas que não se tira nada
Mas aí se perdeu na entrelinha
A mão já estava assanhada
Deu-lhe uma fungada nos versos
Algumas estrofes cochichou
Perdeu-se em sentimentos inversos
Palavras na rima bolinou

E depois, lá pelas tantas
Não se sabe depois de quantas
Num soneto de puro suspiro
Um repente veloz e mordaz
Embolada na cabeça em giro
Uivou num gemido em haikai

Manogon

Personagem


No meu livro inacabado
Nos versos ainda não feitos
Um amor não declarado
Romance compassado no peito
Incertezas que comigo levo
Em linhas tortas que escrevo
Criaturas que circulam ao léu
Tramas de um diálogo crível
Luz que surge ao longo do túnel
Clareza de um farol no breu
O que concluo em só uma linha
É que eu sou inteiramente teu
E tu? Talvez já fosses minha
Se não em prosa, verso, rima
Quem sabe nas entrelinhas

Manogon