Páginas

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Irmanados

Mãos dadas
Como as letras juntas
Produzindo as mais belas canções
Os apaixonados poemas
Aventuras inacreditáveis
Um romance diário

Mãos dadas
Uma que apóia a outra
Pés sobre pés
Reforçados
Juntos na caminhada
No calor de cada amanhecer
O prazer em ir adiante

Mãos e pés bailam
Celebram integrados
Não cansam nem desistem
Simplesmente seguem
Caminhos próprios sonhados
Com a certeza de estar
Prontos para recomeçar
Selados, fortes, irmanados


Manoel Gonçalves

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

The colors of the rainbow

Apesar do dia-a-dia corrido de Sampa, de tanto prédio, trânsito, poluição, tanto concreto e tanto cinza, essa maravilhosa cidade ainda nos oferece espetáculos fantásticos, como este que fotografei da janela da empresa onde trabalho. Um belo pôr-do-sol, cores vibrantes lutando para se sobressair em meio aos prédios monocromáticos. A força do intenso céu alaranjado, tranformando o que antes era confuso e disforme numa silhueta interessante, um grafismo integrado à paisagem, que empresta o contraste necessário para a beleza da imagem.
Como diz a música: "The colors of the rainbow, so pretty in the sky... What a wonderful World!"

Abraços.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Fé e o Ser humano

"Muito dela tenho ouvido
e dela tenho falado
por ela se tem morrido
por ela se tem matado
Todo povo oprimido
não se esquece do ditado:
'Povo que vive sem fé
é um povo abandonado'."
(trecho da música A Fé, de Zé Geraldo, do CD Catadô de Bromélias)
Uma obra muito boa, com arranjos maravilhosos e letras bem elaboradas, de excelente poesia: marcas mais que conhecidas desse poeta do povo e da terra. Parabéns, Zé! Vale muito a pena assistir aos shows dele.
Meus aqui mesmo, só o bom gosto de apreciar suas músicas e o quadro acima,que representa a minha fé, a fé do povo, dos romeiros e de todos que buscam em suas crenças a inspiração para seus feitos.
Abraços.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Mutações

Sob o céu estrelado
Havia morros e mato
Árvores e um pequeno lago

Em contraste à paisagem
Bem no pé da subida
Como que sujando a imagem
Algumas casas perdidas

Descobrindo o local
Apareceu certo dia,
Um mundaréu de gente
Carentes, necessitados
Cansados, mas com alegria
Puseram-se lado a lado
Quase amontoados
Debaixo do céu estrelado

E com eles a necessidade
De a casa própria levantar
E, como todos da cidade,
Aos poucos, de grão em grão
Poder arrumar a casinha
Comprar TV, geladeira, fogão
Cama, sofá e até cozinha

Assim, mais um bairro surgiu
Cadê o verde?
Sumiu!
Pode ser visto aqui ou ali
Espremido em algum jardim
Ou então num parque cercado
Guardado, mas acuado
E o ser humano, coitado
Vê o que conseguiu
Satisfeito sorri
Do progresso que chegou enfim

Manoel Gonçalves

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Renascimento

Celebre o renascimento
Cultive a resiliência
Fertilize sua mente
Com bons pensamentos
Para que a criatividade
E a força de vontade possam fluir
Mas, se algo der errado,
Deixe que o Senhor
Ressuscite o que há de melhor
Em você e que pode contagiar os outros
O AMOR

Manoel Gonçalves

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Pétalas e espinhos

Uma rosa
Em sua existência
Tem a feliz incumbência
De irradiar suas cores
Exalar seu perfume
Brindar amores

Ser comparada à mulher
Não por sua aparência
Nem por sua fragrância
Mas pelo que representa
Fragilidade, beleza
Introspecção, defesa

Graça nas pétalas
E ao mesmo tempo
Dificultando o caminho
Impedindo o contato
Com a ponta dos espinhos
Afasta o calor do tato
Hipnotiza e disfarça
Maltrata fazendo graça

Espinhos
Pontas agudas de dias escuros
Cortantes, frios, solitários
Apesar de tudo, protetores
Momento ímpar de reflexão
Seio que encerra o sentir
Guarda, germina
Esconde o belo para florir

Pétalas
Maciez na voz, na pele, no trato
Fragilidade a todo instante
Flor cheirosa, bela e cativante
Que aprisiona seus admiradores
Com seu jeito simples
Enigmático e sedutor
Misteriosa donzela
Inspiradora flor


Manoel Gonçalves