Guerra e Paz
Foi
por pura opção
Não
pela falta ou omissão
Nem
imposto pela sociedade
Ou
por sua condição
Deixou
a bala de lado
A
erva, o pó, a escravidão
Mas
se armou de forma pesada
De
caneta, papel e palavra
Saía
só chumbo grosso
Às
torrentes, às rajadas
Das
linhas, trincheiras e fossos
Marcando
na marra suas passadas
Da
guerra entre alma e razão
Nuclear
era sua convicção
Não
quis ser guerrilheiro
Tão
pouco era justiceiro
Mas
fez da arte sua expressão
Em
spray, tinta e pincel
Selou-se
enfim o armistício
Hasteou
sua branca bandeira
Nos
muros da cidade inteira
Achou
seu caminho de paz
Manoel Gonçalves
(foto: Borivoj Kuhar Cop)
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