Esse aqui eu fiz para representar o quão distante está nossa classe política das agruras do povo, principalmente o nordestino. Ela, detentora de maior poder e da condição necessária para diminuir o sofrimento do povo, se quisesse e tivesse vontade (não só política), já teria resolvido a questão ou pelo menos dado subsídios suficientes para o crescimento tecnológico, intelectual e social, condições mais que necessárias para mudar esse deprimente cenário.
Constantemente recebemos inúmeras informações. Todas interferem em nossa maneira de ver o mundo. E quando a janela abre uma fresta, a luz irradia, transborda e com ela, vão as palavras, os sentimentos, a visão do mundo, emoções, alegrias, tristezas, os risos e os bichos que estão presentes em cada um.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Quem me dera
Quem me dera
Quisera o Sol tivesse um amigo
Que não se queimasse ao ser abraçado
Quisera a Lua tivesse um amigo
Que não fosse embora ao nascer do dia
Quisera o mar tivesse um amigo
Que ele não engolisse ao colocá-lo no colo
Quisera o ar tivesse um amigo
Que pudesse acariciá-lo de felicidade
Quisera o porco-espinho tivesse um amigo
Que suportasse a dor ao encostar a cabeça em seu ombro
Quisera a águia tivesse um amigo
Para compartilhar a paisagem em seu vôo
Quisera a noite tivesse um amigo
Que não se perdesse na escuridão
Quem dera todo o mundo tivesse um amigo
De muito tempo ou de poucas horas
Quem dera esse amigo ser sincero
Como o é um abraço de criança
Sem preconceito, sem cor, sem lembrança
Sem juízo, moral ou culpa
Sem nexo nem credo ou sexo
Quem me dera ser eu esse amigo
E expressar no mais simples gesto
Mil palavras de carinho e afeto
E uma infinidade de sensações
Quem me dera...
Manoel Gonçalves
Quisera o Sol tivesse um amigo
Que não se queimasse ao ser abraçado
Quisera a Lua tivesse um amigo
Que não fosse embora ao nascer do dia
Quisera o mar tivesse um amigo
Que ele não engolisse ao colocá-lo no colo
Quisera o ar tivesse um amigo
Que pudesse acariciá-lo de felicidade
Quisera o porco-espinho tivesse um amigo
Que suportasse a dor ao encostar a cabeça em seu ombro
Quisera a águia tivesse um amigo
Para compartilhar a paisagem em seu vôo
Quisera a noite tivesse um amigo
Que não se perdesse na escuridão
Quem dera todo o mundo tivesse um amigo
De muito tempo ou de poucas horas
Quem dera esse amigo ser sincero
Como o é um abraço de criança
Sem preconceito, sem cor, sem lembrança
Sem juízo, moral ou culpa
Sem nexo nem credo ou sexo
Quem me dera ser eu esse amigo
E expressar no mais simples gesto
Mil palavras de carinho e afeto
E uma infinidade de sensações
Quem me dera...
Manoel Gonçalves
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Além dos dois lados
Além dos dois lados
Quem sou eu?
A imagem refletida, revivida
Ou a esperança no amanhã?
O rosto sereno do riso
Ou retorcido do pranto?
A brisa da noite na fronte
Ou o sol rasgando no horizonte?
Quem sou eu?
A flor que se abre ao sol
Ou as tintas expressas na tela?
Os olhos furtivos da bela
Ou a imagem fria no espelho?
A pálida pétala da rosa
Ou o calor dos lábios vermelhos?
Quem sou eu?
Corpo caído na cama
Sapato atolado na lama
Raio de luz na neblina
Um grão de areia fina
Vento que sopra e balança
Um sopro, suspiro de criança
Quem eu sou?
Aquele que ama sem medo
Que não chora em segredo
Que gosta do canto dos pássaros
De bom dia, apertos e abraços
Café forte e quentinho
Acordar devagarinho
Voltar pra casa à tarde
Comer bolo de chocolate
De ter família à espera
Ser amigo dos outros
E ter amizades sinceras
Quem sou eu?
Quem somos nós?
Amantes inebriados
Cadarços entrelaçados
Xícaras quentes de chá
Cobertas, pipoca e sofá
Conversas sussurradas
Roupas sujas, molhadas
Quem pode dizer quem sou eu?
Ninguém, a não ser eu mesmo
Quem pode dizer o que somos nós?
Senão corpos soltos a esmo
Inertes
Fatigados de tantos flertes
Incautos, desnudos, exaustos
Manoel Gonçalves
Quem sou eu?
A imagem refletida, revivida
Ou a esperança no amanhã?
O rosto sereno do riso
Ou retorcido do pranto?
A brisa da noite na fronte
Ou o sol rasgando no horizonte?
Quem sou eu?
A flor que se abre ao sol
Ou as tintas expressas na tela?
Os olhos furtivos da bela
Ou a imagem fria no espelho?
A pálida pétala da rosa
Ou o calor dos lábios vermelhos?
Quem sou eu?
Corpo caído na cama
Sapato atolado na lama
Raio de luz na neblina
Um grão de areia fina
Vento que sopra e balança
Um sopro, suspiro de criança
Quem eu sou?
Aquele que ama sem medo
Que não chora em segredo
Que gosta do canto dos pássaros
De bom dia, apertos e abraços
Café forte e quentinho
Acordar devagarinho
Voltar pra casa à tarde
Comer bolo de chocolate
De ter família à espera
Ser amigo dos outros
E ter amizades sinceras
Quem sou eu?
Quem somos nós?
Amantes inebriados
Cadarços entrelaçados
Xícaras quentes de chá
Cobertas, pipoca e sofá
Conversas sussurradas
Roupas sujas, molhadas
Quem pode dizer quem sou eu?
Ninguém, a não ser eu mesmo
Quem pode dizer o que somos nós?
Senão corpos soltos a esmo
Inertes
Fatigados de tantos flertes
Incautos, desnudos, exaustos
Manoel Gonçalves
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Olhos Negros
Olhos Negros
Olhos negros
Tons escuros
Contraste da cor
Negra nos olhos
Intensa nos sonhos
Tênue no horizonte
Forte no rosto
Difusa ao longe
Marcante defronte
O brilho branco brinca
Embola bobo nas bolas
Bolinhas vivas dos olhos
Pupilas cintilantes
Pulam, pipocam vibrantes da face
Manoel Gonçalves
Olhos negros
Tons escuros
Contraste da cor
Negra nos olhos
Intensa nos sonhos
Tênue no horizonte
Forte no rosto
Difusa ao longe
Marcante defronte
O brilho branco brinca
Embola bobo nas bolas
Bolinhas vivas dos olhos
Pupilas cintilantes
Pulam, pipocam vibrantes da face
Manoel Gonçalves
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