Ser mulher é vibrar de emoção por saber que pode gerar uma outra vida, e mesmo que por algum motivo não consiga, estar apta a receber o filho de outro como se fosse seu; é ser criança brincando de trocar fralda das bonecas, fazer papinha e dar na boca de todos, até dos bichinhos de pelúcia; ser vaidosa desde pequena, escolhendo roupas, combinando tudo, explicando para o pai que o sapato que ele pegou não fica bem com a calça que ela quer; é ficar irritada sem motivo ou achar que tem todos eles para ficar; é ser carinhosa, curiosa, querer mexer na bolsa da mãe, do pai, procurando “coisinhas”; usar o batom e as roupas da mãe; adorar dormir com a camiseta do pai; ficar maluca com as irritações dos garotos; agüentar o ciclo menstrual todo mês (sem esquecer a temida TPM); descobrir a paixão e sentir a melhor mulher do mundo e fazer o homem se sentir assim também; falar pelos cotovelos e dar conselhos de tudo, desde como curar resfriado até como perder as gordurinhas a mais; é se achar sempre gorda, mesmo que o marido/namorado/pai diga mil vezes que não; é ser várias para dar conta da família, da casa e do trabalho; e tantas outras coisas mais que não cabem em apenas um dia.
Mas, acima de tudo, ser mulher, como as vejo, é ser única. E, apesar da luta pela melhoria da classe feminina, não precisar ser diferente ou querer ser melhor ou pior que os homens. Não dar bola para a interminável guerra que a mídia alimenta entre homem e mulher, porque são partes complementares. E como tal, unidas, podem fazer muito para a sociedade e, em particular, por cada família, a começar por educar os filhos de uma forma mais justa, fraterna e incentivando o cultivo a esses valores. Há quem reclame da forma como as mulheres “lindas e fúteis” são fabricadas ou como os homens “bombados e abobados” as tratam, mas ninguém critica onde tudo isso começou, ninguém incentiva a mudança de partilha e participação entre os dois sexos. Como disse num comentário recente, lavar pratos e ajudar a cuidar dos filhos não faz “cair as coisas” e inteligência, habilidade e competência não têm a ver com a natureza sexual de cada ser. São sensibilidades que podem ser desenvolvidas por qualquer um. Portanto, a mulher também não precisa se masculinizar para ganhar espaço no campo trabalhista. Podemos e devemos conviver em harmonia e parceria, cada um enriquecendo o que o outro ainda não desenvolveu.Abraços.
Manoel Gonçalves
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