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domingo, 12 de abril de 2015

Moda Suicida

Imagem sugerida por TaniaContreiras Arteterapeuta, sem crédito marcado, que deu origem a esse poema:


Moda Suicida

Lobo já vestiu cordeiro
Diabo já usou Prada
Mas a Fúria solta na estrada
Zombeteia toda curvada
Em roxas galochas usadas
É vil a ave de rapina
Aproveita-se da inocência menina
Descansa de jeito servil
Nas mãos carrega gentil
A fatalidade do fuzil
Trans-figuração
Da lagarta que não voou
De tão borbo-lenta
Fugiu-lhe a esperança
Sobrou a imagem violenta
Para a pobre criança
Adeus sonhos de infância
Ódio, sobrevivência, vingança
Terror, morte, ganância
Embrulho no estômago
Riso nervoso e ânsia

A borboleta vai faceira no ar
Procurando outra vítima para pousar

Manogon


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