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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A multiplicação do lixo

Hoje, ouvindo o noticiário pelo rádio, o jornalista fez uma entrevista para elucidar uns dos inúmeros boatos que surgem via web e que se espalham rapidamente pela rede de contatos, superlotando as caixas de e-mails de todas as pessoas. Os famosos spams e correntes, assim como as mensagens polêmicas e tantas outras que são atribuídas a pessoas famosas (e que são rechaçadas depois pelos supostos autores, isentando-os de qualquer participação na elaboração de tais franksteins) já são conhecidos por todos, infelizmente. Há quem goste, mas não há nada mais chato que abrir a conta de e-mail e ver que de 20 mensagens (para ser modesto) recebidas mais da metade é lixo eletrônico.

Álbum de fotos picantes, fotos novas, celulares de graça, sorteio de prêmios, leis para extinção do 13º salário, remédios que prejudicam mais do que ajudam, correntes e mais correntes (do bem, do mal, santas, enriquecedoras etc.), pessoas que precisam de dinheiro para diversas finalidades, entre outras coisas. Meu, haja espaço na caixa de correio. 2 gigas é pouco. E haja tempo para ficar excluindo todo esse lixo eletrônico.

Com tanto entulho circulando pela rede, algumas reflexões ficam na mente: o que faz uma pessoa gastar tempo e neurônios para criar uma avalanche de baboseiras como essas? Por que não usar essa inteligência para algo mais produtivo, menos fútil, mais enriquecedor (e não digo aqui da parte financeira)? Caramba, se não há o que fazer, vai ler um livro, fazer uma pesquisa, conversar com pessoas, partilhar um pouco do conhecimento, fazer um curso (sei lá do quê), mas faça alguma coisa que não atrapalhe a vida alheia ou iluda a quem está muito mais perdido.

A minha crítica aqui não é à funcionalidade das ferramentas tecnológicas. Claro que não. Quando usada de forma adequada, pode unir pessoas que há muito não se falam, pode servir como captação de informação e pode realmente ajudar em diversos casos. E é claro, otimizar processos e aumentar o faturamento. Esse fator agilizou muitas negociações e contatos, mas também criou um distanciamento nas relações humanas e parece ter gerado uma carência muito grande, onde qualquer e-mail musical, os “benditos” PPS da vida, e com frases nem sempre significativas tornam-se verdades incontestáveis. O que eu não consigo assimilar é a total falta de sociabilização de quem cria uma mensagem dessa e a ingenuidade de quem passa. Claro que a intenção pode ser a melhor, de ajudar a quem precisa ou prestar um serviço (sentimento peculiar do nosso povo), mas a desinformação ou devida averiguação dos fatos só distorce as coisas, desajusta o foco e cria esse engarrafamento virtual.

Então, faço um apelo: mensagens indicando para encaminhar a 50 amigos, listas e demais esquisitices do gênero, não passe. Apesar da amizade, tenham certeza, eu deleto e-mails assim. Ou então faça como comentou o jornalista, faça um filtro, confirme a veracidade dos dados e, se for o caso, responda a mensagem dizendo que aquilo é mentira (como o fato citado do fim do 13º) ou para não mandar mais nada desse tipo.

Abraços.

2 comentários:

samegui disse...

Manoel
eu não passo nada para frente e uso o gmail por conta do filtro de spam, que é bom. É uma decisão muito pessoal, mas parte da ética e da etiqueta virtual não passar coisas desnecessárias e duvidodas para frente, não é?
Excelente tema.

Aline Silva Dexheimer disse...

Olá,
Uma outra coisa que eu não gosto é quando nestes pps e correntes nos colocam sem estar em bcc. Lá vamos nós numa fila interminável de gente sabe-se lá para onde e até quando!
Infelizmente,sei que a intenção pode ser boa de quem manda, mas faz muito, muito tempo que não abro estes e-mails com pps
Sim, como a Sam disse, questão de ética, ou talvez informação! Tem pessoas, tenho certeza, desconhecem os problemas que tudo isso pode gerar e repassam por ingenuidade mesmo.
Quem sabe começar a espalhar por ai a importância das boas maneiras virtuais a respeito da nossa caixa postal eletrônica, mas que não seja em pps ou correntes..risos..
Beijos,Aline