Sexta-feira, dia de expectativas para o fim semana, de alívio por um momento de descanso, momento de se preparar para repor as energias e começar outra semana. Mas sexta, aqui no blog, também será dia de contar as peripécias de um garoto. Nada especial, apenas alguns “causos” (como diz o matuto) sobre esse moleque arteiro e curioso. Mas, em primeiro lugar, deixem-me apresentá-lo.
Garoto comum, até meio franzino, pernas finas, porém velozes, cabelo espetado, rosto levemente sardento, sorridente e com um brilho no olhar. Como eu já disse, totalmente normal. Não é gênio nem tem superpoderes, a não ser, é claro, a sua imaginação.
Seu nome verdadeiro é Josué, mas poucos o chamam assim. Ele é mais conhecido como Peteleco. Por quê? Vou contar. Acontece que Peteleco sempre foi muito espontâneo e fazer amizades é com ele mesmo. Filho de pais que cultivam o bom humor em casa e partilham os momentos vividos (mesmo que seja só na hora do jantar), para ele, embora um pouco tímido com a situação, era natural o que estava fazendo. Mas não foi entendido dessa forma. Aliás, não era o local adequado.
Josué, quer dizer, Peteleco, estava em seus primeiros dias de aula do ano, primeira ou segunda série do Ensino Fundamental (hoje chamado 2º ou 3º ano pela nova nomenclatura). Tudo era novidade. Desde os professores à sala de aula.
A turma entrou e, enquanto o professor arrumava as coisas para dar início à aula, iniciou-se o “zum-zum-zum”. Jousé não fez diferente. Virou e começou a conversar com o amiguinho de trás. Porém, o professor se levantou e pacientemente esperou a sala fazer silêncio. Aos poucos o barulho foi cessando, mas Josué não percebeu a presença do sr. Alceu logo atrás dele e continuou o papo. O sr. Alceu, que era muito espirituoso, chegou bem perto e deu-lhe um suave toque na orelha com a ponta dos dedos. Josué foi pego tão de surpresa que tomou um susto. Sua primeira reação foi ficar vermelho de vergonha, e depois, de raiva, querendo chorar.
- O senhor me bateu! Vou falar para a minha mãe. – disse o pobre menino.
Sr. Alceu se defendeu e o acalmou:
- Não, Josué, eu apenas quis chamar sua atenção e dei-lhe um peteleco de leve na orelha.
A classe não agüentou e caiu na gargalhada, mais pelo nome esquisito que pela cena. Quando o professor explicou o que era isso, tudo se resolveu. Mas o apelido ficou. E Josué passou a ser Peteleco. Tanto que quando o chamam pelo nome, às vezes, ele demora a responder, até se tocar que é com ele.
Bom, todas as sextas – ou quase todas – ele estará por aqui com situações diversas. Espero que gostem.
Abraços.
2 comentários:
vou ficar ansiosa esperando as artes e peripécias de Peteleco!
abraços e bom fim de semana!
Eh! Manoel... esse Peteleco ainda vai longe... hummm ... será que estou sentindo um cheirinho de livro virtual! ? beijos e bom fim de semana, Sueli
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