Páginas

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cartão corporativo: cheque em branco

Sei que o assunto não é novo, mas tenho ouvido tanta coisa a respeito que é impossível não comentar. A Samantha fez um post (Cartão Corporativo) sobre o tema em seu blog e também publicou no Nossa Via, O bem amado cartão corporativo. Assim como a Sueli também postou no blog do Desabafo de Mãe em Deixa que eu pago.
Então, não vou estender muito o papo. Eu vejo nisso uma questão muito simples. Por que políticos e funcionários públicos de alto escalão têm o direito ao cartão? Não que eu seja radical, mas sinceramente, há necessidade disso? A maioria tem passagem de graça, bônus para um monte de coisas (auxílio moradia, combustível etc, etc, etc que todos já estão exaustos de saber) e ganham muito bem para suprir as despesas. Mas vá lá, nem em sonho ou a pauladas eles vão extingüir os cartões e acabar com as mordomias. Mas então por que não colocar limites de gastos? Se é só para eventuais emergências, como estão dizendo por aí, estipula-se um teto (baixo) para as despesas. Outro detalhe é o saque permitido. Caramba! Onde já se viu ter saque liberado (ainda mais de dinheiro público) e sem necessidade de prestação de contas. Aí, até o mais bobinho, de tanto ver os outros levando vantagens, vai querer um pedacinho do filé. Eles já não ganham muito bem, então que paguem as contas, não há necessidade de saques. Mas se quiserem, por motivos de que em alguns lugares não se aceita cartão (só se for em vilarejos ou barraquinhas e, mesmo assim, é possível achar), que seja ficado um teto para saque e qualquer valor acima disso seja devolvido aos cofres públicos. Não sei exatamente como funciona nas empresas, mas acho que os funcionários, mesmo da cúpula, não devem ter um cheque em branco nas mãos, acredito que prestam contas e vez ou outra a empresa passa por auditoria.
Até para não ficarmos com cara de idiotas e o Brasil com jeito de "samba do crioulo doido" ou "aguá benta" (onde todo mundo mete a mão) é preciso que os culpados sejam punidos, seja de qual partido for, e devolvida pelo menos uma parte dos gastos descabidos. Tá legal, já passou a época do Natal e já estou grande para acreditar que ele existe. E que a corja está preocupada no bem-estar da Nação ou no crescimento da economia brasileira. Só há olhos para os possíveis ganhos. Infelizmente. Será que algum dia vão parar para pensar nisso? Entrando os filhos nos lugares dos pais (política e nepotismo ou cabide empregos parecem ser sinônimos) e com as mesmas práticas de "farinha pouca meu pirão primeiro", acho muito difícil.
Abraços.

Nenhum comentário: