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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A mulher e a rosa

E esta aqui foi para a minha outra preciosidade, Bianca, que está crescendo depressa demais para a minha corujisse e devagar demais para a sua curiosidade e ansiedade e, com o avançar dos anos, deixará de ser minha criança para ser uma mulher maravilhosa, em todos os entidos, mas ainda "minha pequena". Assim é a vida, mutante, e tudo passa muito rápido.

A mulher e a rosa

A mulher como a rosa é
Macia
Cheirosa
Linda
Mas também tem seus espinhos
Porém, é sempre sua beleza
Que fica, que predomina
E que a faz uma beldade
Admirável

A rosa surge aos poucos
Em meio a galhos espinhentos
Ali, tímida, sem graça
Cresce, se desenvolve
Mas ainda sem muita graça
Surge em botão
Uma coisinha de nada
Quando as pétalas aparecem
Fica diferente
Interessante
Mas é quando desabrocha
Que a todos encanta
Quando solta seu aroma
É que enfeitiça aos amantes
Passivos observadores
Sua beleza irradia
E mesmo quando murcha
As pessoas ainda lembram de sua formosura
E até guardam suas pétalas
Para que ela continue existindo
Mesmo que nunca tenha de fato sumido
Desaparecido das mentes

Assim é a mulher
Surge do amor
Fica uma coisinha de nada
Cresce na barriga, nasce
Enche os olhos de alegria
Todos se encantam
E a todos conquista
Nas diversas fases vividas
Mas só quando desabrocha
Deixa sua peraltice de menina
E assume os mistérios da mulher
Muda por fora e por dentro
Desenvolve as inteligências
Reforça todos os sentidos
E se forma de uma vez
É que hipnotiza quem a vê
E, mesmo quando passa e se vai,
Deixa seu rastro
Imprime sua marca
Semeia sua fortaleza
Erroneamente chamada de frágil
Só porque tem um lado simples
Encantador como a criança
E assim, como que esperando sua volta
Todos cultivam sua lembrança


Manoel Gonçalves

Um comentário:

Anônimo disse...

Manoel, adorei os dois poemas.. que sorte da Bia e da Sofia ter pai poeta! Uma lembrança e tanto para quando elas crecerem! Isso vai fazer parte da história delas para sempre, pode ter certeza! Eitâ paizão coruja! abs Sueli