Se a brisa da manhã soprar
Abra um sorriso e a sinta em seu rosto
Se o vento da tarde vier
Ponha a roupa no varal
E leia um livro na varanda
Ou debaixo de uma árvore
Se o sopro morno da noite chegar
Solte os cabelos, perfume o corpo
E se entregue às carícias da madrugada
Sob a luz da lua, sob o calor do edredom
Se o raio do sol invadir o quarto
Não se preocupe se não dormiu
Lave o rosto, ajeite o cabelo
É dia, é manhã, é esperança
É o recomeçar sempre
E se o sol não aparecer
Não se chateie
Feche a janela
Ligue o som
E volte pra cama
É bom adormecer
Ainda com a sensação de prazer
Ainda ouvindo o sussurro
Ainda sentindo os carinhos
Como se o momento fosse infinito
Como se a vida congelasse
No ápice da emoção
No gozo, num gemido
Manoel Gonçalves
2 comentários:
gostei da definição 'dublê de escritor', essa não conhecia, rs*
beijos e obrigada por soprar brisas doces no Fina Flor! obrigada pelas palavras gentis!
volte sempre que quiser,
beijos,
MM.
ai que delícia de conselho...viver a vida assim sem se preocupar com nossas mazelas...obrigada, querido!
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